A proposta de reforma tributária no Brasil está em tramitação e tem como objetivo simplificar o sistema de arrecadação nacional, que atualmente figura como um dos mais complexos do mundo. A proposta envolve mudanças significativas, como a criação de um imposto sobre valor agregado (IVA) e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), substituindo tributos como o PIS, Cofins e ICMS. Essa transformação afetará não só a carga tributária das empresas, mas também vai exigir atualizações robustas nos sistemas de ERP (“Enterprise Resource Planning”). Como é sabido, esses são os principais sistemas para a gestão integrada e a conformidade fiscal e terão um papel de suma importância na rápida adequação das empresas à nova estrutura de tributação.
A reforma tributária e a gestão financeira: impactos sobre os ERPs
A mudança tributária brasileira, ao simplificar a cobrança de impostos, unificando tributos diversos e estabelecendo a incidência de impostos no destino, ao invés da origem, visa, na prática, centralizar o recolhimento dos tributos, diminuindo a burocracia para as empresas e potencialmente reduzindo o custo administrativo dos processos tributários. No entanto, para que essa simplificação aconteça de fato, será necessário adaptar ou reestruturar os sistemas de ERP já presentes nas empresas, uma vez que a maioria deles foi desenvolvido sob o regime atual.
Os sistemas ERP são a força motriz para a gestão de processos e dados financeiros, sendo eles os responsáveis pelo cálculo de impostos, geração de notas fiscais e até pela previsão de fluxos de caixa. Com a implementação da reforma, as empresas precisarão atualizar seus ERPs para que eles suportem a nova sistemática de cálculos tributários e façam as adaptações necessárias para atender à legislação que estará em vigor. A implementação do IVA e da CBS exigirá a reconfiguração de módulos como o de faturamento, que será ajustado para calcular e aplicar corretamente a incidência dos novos impostos, inclusive considerando as variações de alíquota que poderão existir de acordo com o setor ou produto.
Além disso, um ponto de atenção importante será pautado justamente durante o processo de transição, já que, nos primeiros anos, está previsto que o sistema tributário atual e o novo coexistirão temporariamente. Dentro desse cenário será preciso que os ERPs operem com capacidade de dupla interpretação tributária, ou seja, que sejam capazes de processar os cálculos e as obrigações tanto na sistemática antiga quanto na nova. Esse desafio é significativo, já que requer uma estrutura de TI preparada para absorver essas novas demandas de maneira eficiente.
Adaptação dos sistemas e preparação para o futuro da gestão tributária
Tudo parece muito fácil de entender, mas não é bem assim. A Corporato mergulhou nessas questões e trouxe para você todos os pormenores dessa mudança, afinal, elas são profundas e vão além da simplificação. A ideia central da proposta é tornar o sistema mais justo e transparente. Com a substituição dos tributos atuais pelo IVA e pela CBS, as empresas terão uma maior previsibilidade em relação aos custos com impostos e poderão concentrar seus esforços em práticas de gestão financeira mais estratégicas.
A reforma tributária e a gestão financeira exigem que os fornecedores de ERP e os departamentos de TI das empresas estejam preparados para migrar os seus sistemas rapidamente, garantindo que todos os relatórios financeiros, fiscais e de contabilidade sejam ajustados para a nova realidade sem nenhum prejuízo. Isso inclui a atualização de bases de dados para acompanhar as novas alíquotas, a definição de regras de cálculo automatizadas e a integração de módulos específicos para setores que poderão ter tratamentos diferenciados na tributação, como, por exemplo, o agronegócio e a saúde.
Empresas que possuírem módulos de ERP adaptáveis e customizáveis sairão em vantagem nesse cenário, pois são eles que vão permitir a customização de funcionalidades de acordo com as novas modalidades, sem comprometer a operação geral da empresa. A garantia para que essas mudanças sejam implementadas sem causar danos à empresa só será possível por meio de ferramentas robustas de análise de dados e dashboards que ajudem gestores a monitorar e validar os dados em tempo real.
As necessidades de investimento em conformidade com o cenário
De acordo com levantamentos do mercado, estima-se que as empresas brasileiras gastem entre 3% e 6% de suas receitas anuais para manter a conformidade tributária no país, e a reforma não necessariamente diminuirá esse custo inicialmente. Durante a fase de transição, o esforço financeiro e operacional das empresas tende a aumentar. Esse cenário pode classificado como um custo adicional temporário, mas a longo prazo, uma vez adaptados os sistemas ERP, espera-se que a racionalização dos impostos diminua o ônus tributário e ofereça mais tempo e recursos para estratégias de crescimento e inovação.
A Corporato, sendo um dos principais nomes do Brasil no mercado de softwares para a integração da gestão empresarial, já vem desenvolvendo atualizações para os seus produtos, que permitirão aos seus clientes se adaptarem à nova estrutura pós-mudança. Nós estamos focados em criar soluções que, além de atenderem à reforma, também tragam benefícios de longo prazo, como a automação de processos fiscais e o aumento da eficiência operacional.
Se sua empresa ainda não começou a se preparar para este novo desafio, essa é a melhor hora, já que reforma tributária vai demandar que as empresas passem por essa transformação digital em seus ERPs para acompanhar as novas regras. O impacto será sentido em todo o setor produtivo brasileiro, e a preparação antecipada será um diferencial competitivo. Acesse www.corporato.com.br e fale com um de nosso especialistas.